“ALONE”, BY EDGAR ALLAN POE
From my childhood's hour I have not been
As others were - I have not seen
As others saw - I could not bring
My passions from a common spring -
From the same source I have not taken
My sorrow - I could not awaken
My heart to joy at the same tone -
And all I lov'd - I lov'd alone -
Then - in my childhood - in the dawn
Of a most stormy life - was drawn
From ev'ry depth of good and ill
The mystery which binds me still -
From the torrent, or the fountain -
From the red cliff of the mountain -
From the sun that 'round me roll'd
In its autumn tint of gold -
From the the lighting in the sky
As it pass'd me flying by -
From the thunder, and the storm -
And the cloud that took the form
(When the rest of Heaven was blue)
Of a demon in my view.
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“SOZINHO”, DE EDGAR ALLAN POE
(TRADUÇÃO DE LUÍSA GIRÃO CARDIAL)
No tempo da minha infância não fui
Como os outros eram - não vi
Como os outros viam - não pude criar
Minhas paixões de uma simples primavera ao aflorar -
Da mesma fonte não pude tirar
Minha tristeza - não pude acordar
Meu coração e com o mesmo tom o alegrar -
E tudo o que amei - sozinho vim a amar -
Então - em minha infância - na escuridade
De uma vida mais tenebrosa - foi desenhado
Com toda boa e má intensidade
O mistério que a mim estava entrelaçado -
Da torrente, ou da fonte -
Do sangrento penhasco do monte -
Do sol ao meu redor cercando
Em uma cor dourada um véu -
De luminosidade no céu
Como se ao passar por mim voando -
A tempestade e o trovejar -
E a nuvem que veio a se transformar
(Quando o azul do Paraíso estava a restar)
Em um demônio perante meu olhar.
Parabéns Luísa linda poesia, nunca teria tido essa oportunidade, se não fosse por sua bela tradução!
Parabéns pela excelente tradução, Luísa!!